A química do refrigerante
Refrigerante é uma bebida não alcoólica, carbonatada, com alto poder refrescante encontrada em diversos sabores. No Brasil, os primeiros registros constam de 1906, mas somente na década de 1920 é que o refrigerante entrou definitivamente no cotidiano dos brasileiros. O Brasil é o terceiro produtor mundial de refrigerantes, depois dos Estados Unidos e México. E o ocupa o 28º no consumo per capital.
O refrigerante apresenta água, sulfatos e cloretos, cloro e fenóis, metais, açúcar, concentrados, antioxidantes, acidulantes, conservantes, edulcorantes e dióxido de carbono.
Fabricação
O processo de fabricação ocorre em algumas etapas sem contato manual e sob rigoroso controle de qualidade. As etapas consistem na elaboração do xarope simples, elaboração do xarope composto e esvaziamento com o acréscimo dos prazos de validade.
A elaboração do xarope simples (é a base para a produção do xarope final) é o produto da dissolução do açúcar em água quente, pois reduz o risco de contaminação microbiana. Depois, ele é tratado com carvão ativo purifica o xarope absorvendo impurezas responsáveis pela existência de cor, sabor e turvação, nos seus poros microscópicos. , que são responsáveis pela remoção de paladares e odores estranhos e também pela redução da cor do xarope, em seguida armazenado em tanques esterilizados a vapor, e por último passa por um processo de filtração.
A elaboração do xarope composto é o xarope simples acrescido dos outros componentes do refrigerante. Essa etapa é feita em tanques de aço inoxidável, equipados com agitador, de forma a garantir a perfeita homogeneização dos componentes e evitar a admissão de ar. Concluídas as adições dos ingredientes, o agitador permanece ligado por 15 minutos. Ao final, retira-se uma amostra para as análises microbiológicas e físico químicas (como turbidez, acidez e dosagem de açúcar ou edulcorante). Depois de todos esses processos, o xarope pode ser liberado para envasamento.
Envasamento (é uma embalagem que a envase) é uma prévia inspeção para que sejam retiradas as garrafas que serão retornáveis e estejam trincadas, bicadas, lascadas, lixadas, quebradas ou com material de difícil remoção como tintas ou cimento. Após essa seleção, elas são pré lavadas em água e imersa em soda cáustica quente para esterilização e remoção de impurezas. Na etapa final, o xarope é enviado por uma tubulação de aço inox até a enchedora ( envasamento), na qual são adicionados água e CO2. Após o enchimento, a garrafa é imediatamente arrolhada e codificada com data de validade, hora e linha de envasamento.
LIMA, Ana Carla da Silva e AFONSO, Júlio Carlos. A Química do refrigerante. Química Nova na Escola. Pág. 210 a 215. Vol. 31, N° 3, AGOSTO 2009.