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O papel das mulheres na ciência

Mulheres na Ciência

A ciência se faz presente em diferentes setores da sociedade, bem como em situações cotidianas. Todavia, embora o trabalho científico teve, tem e terá grande importância para a manutenção da vida tal qual conhecemos hoje, algumas figuras humanas que o desenvolvem passam quase despercebidos. Dentro desse contexto, as mulheres estão ainda mais marginalizadas. Um exemplo é referente aos prêmios Nobel de química, em que apenas 3 mulheres, Marie Curie, Irène Joliot-Curie e Dorothy Mary Crowfoot Hodgkin, foram laureadas (FARIAS, 2011).


A ciência, como um produto cultural, social e histórico, desde o seu nascimento, foi moldada na dicotomia existente entre o masculino e o feminino na sociedade, e pelo fato de que, durante a maior parte da sua história, foi empreendida pelo representante do masculino- o homem, branco, ocidental, elitista e colonial (LÖWY, 2009). Portanto, os parâmetros para produzir uma ciência considerada legítima - neutralidade, objetividade, racionalidade e universalidade - incorporam a visão de mundo das pessoas que criaram essa ciência (LÖWY, 2009).


Mesmo com o avanço social e o reconhecimento das mulheres em alguns campos da sociedade, a mulher ainda se encontra em situação de preceito no mundo da ciência. A sociedade postular a mulher caseira, dona de casa e chefe de família restringindo seu espaço e tempo na produção de ciência, optando na maioria das vezes pelo trabalho ou a adiantar a vida familiar, como mãe.


Marie Curie é provavelmente a cientista mais admirada. Foi também uma das mais atacadas por sua vida pessoal utilizada pela imprensa sensacionalista com a sanha das redes sociais de hoje. Marie Curie foi modelo de mulher e inspiração para outras mulheres da sua geração, Citada por algumas como “dama rainha da rainha das ciências” (Teve como base diversas fontes bibliográficas. Segundo Wilmo, 2018, citado em: Ciência em versos e prosa: acepipes para quem ousa gostar (ou ensinar).). Um modelo que levou a menina Joaquina Álvarez a saber o que iria fazer no futuro: “Me deram de presente um livro sobre ela e disse para mim mesma: ‘Eu quero fazer isso, saber como funciona o mundo’. E mais ou menos consegui, mas sempre fui minoria. E quando se é minoria, não te escutam, te ignoram, e quase sempre se está sozinha”.

Marie Curie foi mãe, cientista, professora, esteve em frente a guerra, lutou para utilizar os benefícios do rádio como tratamento médico, foi a única mulher a receber dois prêmios Nobel entre outros tantos méritos alcançou Marie Salomea Stodowska. Marie Curie contribuiu significativamente para o desenvolvimento da ciência, mostrando que ser mulher não é atributo para o não entendimento dos conhecimentos científicos. Sua atividade científica foi primordial para a entrada de mulheres no mundo das ciências. No entanto, as mulheres modernas ainda sofrem com os preceitos e padrões impostos pela sociedade e mídia.


Esses fatos nos instigaram a busca por reflexões que nos possibilitasse a compreensão de como a sociedade enxerga e define a ciência, assim como a participação da mulher neste meio. Neste contexto, podemos enfatizar que ainda existem muitas dificuldades de aceitação enfrentadas pelo gênero feminino no meio científico.



Referências


SILVA, Fabiana Ferreira; RIBEIRO, Paula Regina Costa. Trajetórias de mulheres na ciência: "ser cientista" e "ser mulher". Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151673132014000200449>. Acesso em: 17 de abril. 2020.


O papel das mulheres na história da ciência. 2017. Disponível em: < https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/14/cultura/1505400027_400435.html>. Acesso em: 17 de abril 2020.


FRANCISCO, Wilmo Ernesto Junior. Ciência em versos e prosa: acepipes para quem ousa gostar (ou ensinar). São Carlos: Pedro & João Editores, 2018.357p


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