A história do recifense educador
Brasileiro e nordestino (Pernambucano), um dos maiores nomes da educação mundial e de família humilde, nasceu no dia 19 de setembro de 1921 e faleceu no dia 2 de maio de 1997, defensor do compromisso da educação para com os oprimidos. Quem será?
Paulo Reglus Neves Freire ou Paulo Freire, o guru dos licenciandos, natural do Recife, filho de um tenente e de uma mulher do lar que passou por muitas vivências. Ficou órfão do pai (Joaquim Temístocles Freire) aos treze anos, cabendo à sua mãe (Edeltrudes Neves Freire) assumir as responsabilidades sobre Paulo e seus irmãos. Defensor da educação para com os oprimidos, e não somente disso, Freire realmente modificou o cenário educacional com suas ideias e métodos. Por ser pobre, não foi fácil estudar, já que naquela época o acesso à educação não favorecia a classe social que pertencia. No entanto, conseguiu ensino gratuito numa escola do Recife com um Dr. Aluízio. Certa vez, Paulo em conversa com o doutor resolver pergunta-lhe o que poderia fazer para bancar os estudos, eis que ele compete-o o cargo de auxiliar de inspetor de alunos, seu primeiro emprego. Noutro momento de sua vida, estudando Direito na Universidade do Recife já era professor em algumas unidades de ensino, chegou a ser advogado em uma única causa, mas abandonou e voltou a sua vocação - ser educador. Casado com Elza Maria Costa, sua primeira mulher, começou a trabalhar no SESI (Sistema Social da Indústria). Freire nunca negou que Elza era sua inspiração, foi com ela que aprendeu a observar o trabalhador (principalmente os rurais) relacionando com sua alfabetização. Pelos seus métodos e opiniões durante a ditadura militar foi exilado, e durante esse tempo escreveu o livro - Pedagogia do Oprimido, que segundo Martins e col:
Neste livro o autor traz a importância de uma pedagogia libertadora, que tem como foco a libertação dos oprimidos frente aos opressores, de uma pedagogia que transforma um ser passivo em um ser reflexivo, que transforma sua realidade e a realidade de outros, a pedagogia que faz com que um ser compreenda sua importância para a humanidade(MARTINS e col., 2015). Durante seu tempo em exílio, Paulo Freire viajou o mundo. Da Bolívia ao Chile, trabalhou para a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação; Foi professor visitante na Universidade de Harvard e mudou-se para Genebra, na Suíça, em 1971 onde fundou juntamente com outros exilados o Instituto de Ação Cultural (IDAC). E após esses 16 anos de exilado, Freire volta ao Brasil, lecionou na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) entre outras e mais tarde foi Secretário de Educação do Munícipio de São Paulo. E até hoje, após sua morte, seus pensamentos e métodos ainda se fazem presente na educação.
Referência Bibliográficas: MARTINS, F. C. G.; FLORÊNCIO, V. R. C.; CHAVES, F. M.; BRITO, F. C. A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO E A PRÁXIS PEDAGÓGICA LIBERTADORA DE PAULO FREIRE. XXII Semana de Educação UECE, Ceará, ago. e set, 2015. Disponível em: http://www.uece.br/eventos/semanadeeducacaouece/anais/trabalhos_completos/210-13490-21092015-190501.pdf. Acesso em: 15 de ago. de 2020. Bibliografia: PEREIRA, Elisabete M. A. Contexto Social e Biografia de Paulo R. N. Freire. Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Superior, Unicamp. PIO, Paulo Martins; CARVALHO, Sandra Maria Gadelha; MENDES, José Ernandi. Práxis e Prática educativa em Paulo Freire: reflexões para a formação e a docência. EdUECE- Livro 2